05/12/2024 às 11:20

O Centro de Memória em Mangaratiba vai sair do papel. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

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O Centro de Memória em Mangaratiba vai sair do papel. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou que vai receber investimento de R$ 771 milhões destinado pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). E Mangaratiba está na lista das cidades beneficiadas, com a criação do Centro de Memória no Parque do Sahy.

Com isto, estabelece-se o objetivo de proceder à restauração das ruínas que ficam no Parque. Estas representam um acervo cultural e histórico de grande importância para Mangaratiba e para o Brasil, pois sua materialidade expõe a história da colonização do Brasil e, em especial, no que remete ao período da escravidão.

Resgate histórico

Em artigo publicado na internet, Bruno Linhares escreveu: “A restauração das ruínas e a constituição de um parque nacional representam um primeiro e importante passo para resgate dessa história e a construção da consciência contra o racismo e a discriminação. A Praia do Sahy se localiza na Baía de Sepetiba, justamente à frente da Ponta da Marambaia, conhecido local de ‘engorda’ de africanos, que conta até hoje com população remanescente. Embora existam indícios de sua utilização no período anterior ao Ciclo do Café foi nesta época que o complexo se notabilizou como local de leilão de africanos escravizados. Inclusive no período pós proibição do tráfego, os leilões teriam continuado, tendo sido construída uma rota alternativa para envio dos cativos a certo trecho da Estrada Imperial que ligava Mangaratiba ao Vale do Rio Paraíba e às fazendas de café.

A História de Mangaratiba – e dessas ruínas – vêm do início da colonização portuguesa, passando pelas guerras entre portugueses e nativos da Confederação dos Tamoios, pela migração dos nativos Tupiniquins, e na última fase, pelo tráfico negreiro, inclusive o clandestino, quando africanos aprisionados aportavam no local para serem enviados escravizados às lavouras de café na Região de Vassouras, Vale do Rio Paraíba fluminense”.

E conclui: “A restauração das ruínas e a constituição de um parque nacional representam um primeiro e importante passo para resgate dessa história e a construção da consciência contra o racismo e a discriminação”.

Ainda segundo Bruno Linhares, “o projeto [de criação do Centro de Memória] tem entre suas medidas iniciais a instauração física do Parque, com a restauração das muradas, isolamento para proteção, construção de postos de atendimento, iluminação, restauração das trilhas e construção de equipamentos de apoio. Através destas medidas, a depredação do local será interrompida e serão garantidas condições mínimas e básicas para a ordenação da visitação e o posterior desenvolvimento de espaços culturais e turísticos no local”.

* Com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

Fonte https://jornalatual.com.br/iphan-vai-criar-centro-de-memoria-arqueologica-em-mangaratiba/


05 Dez 2024

O Centro de Memória em Mangaratiba vai sair do papel. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

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